quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Crise de 29

História da Crise de 29: contexto histórico
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. 
Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.

Causas da crise
Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanostinham investimentos nestas ações.

Efeitos da crise 
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.

A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes. 

Efeitos no Brasil 
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira  .  


New Deal: a solução 
A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.

Japão apos a Segunda Guerra




O "milagre japonês" se refere a recuperação fenomenal econômico do Japão após a devastação da Segunda Guerra Mundial. Dentro de poucas décadas de sua capitulação, o Japão se juntou à comunidade das nações prósperas. Em termos económicos, a recuperação da nação foi milagrosa, de fato.



Uma pergunta freqüente é: quanto do milagre pode ser atribuída à ocupação americana após a guerra? A resposta é um pouco complexo. A ocupação foi estabelecer as condições fundamentais da democracia constitucional e estabilidade sobre a qual os japoneses podem construir uma economia em tempos de paz bem-sucedido. Além disso, as autoridades de ocupação a certeza que a Constituição do pós-guerra do Japão, incluiu uma "cláusula de paz" que proibia a nação de desenvolver os meios para travar a guerra no futuro. Os militares dos EUA posteriormente disponibilizado um guarda de segurança para o Japão, que existe até hoje. Com o país protegida pelos militares dos EUA, desarmamento constitucional Japão impedido um orçamento de defesa importante do pós-guerra. Isso liberava recursos adicionais para o uso em mais investimentos produtivos.

Há, no entanto, um outro lado da história. Quando o general MacArthur desembarcaram no Japão em 1945, suas instruções de Washington estavam a concentrar-se sobre o desarmamento, e não o desenvolvimento econômico. Na verdade, suas ordens especificamente que os EUA não tinham nenhuma responsabilidade para a reabilitação da economia japonesa. Tanto os Estados Unidos ea Austrália forneceu algumas remessas de alimentos para evitar a fome nos primeiros anos, mas a própria economia era para ser "um problema japonês".

PNB produtiva do Japão recebeu um impulso de cerca de cinco por cento ao ano por causa do orçamento de defesa do país baixo. (Japão contribuiu com cerca de fundos para a presença dos EUA, eo país também mantém uma pequena Self Defense Force). Mas muitos países pobres receberam o benefício da proteção militar EUA durante os anos da Guerra Fria, e não se tornou milagres económicos. A maior parte do crédito para o milagre japonês, portanto, vai para os próprios japoneses.

A partir do pós-guerra da Pobreza

Em 1946, a produção industrial do Japão foi de cerca de 30% de 1935 níveis. As autoridades de ocupação (eo resto do mundo) prevista no Japão para se concentrar na fabricação de luz: brinquedos simples, componentes eletrônicos, roupas, etc Mas japonês planejadores econômicos ajustam suas vistas superior, preferindo concentrar-se na indústria pesada. futuro econômico do Japão poderia ser encontrado em aço, automóveis e produtos químicos não-brinquedos e sandálias.

A economia pós-guerra, recebeu um jumpstart cedo. Em 1950, rebentou a guerra na península coreana, e economia do Japão beneficiou de contratos militares dos EUA para uma ampla gama de suprimentos. O Japão também se tornou o destino preferido para "descanso e recreio" entre as tropas norte-americanas estacionadas na Coréia do Sul, trazendo ainda mais em dólares. Até o final da guerra, a economia japonesa havia obtido mais de uma inicial "corcunda". Em 1953, os EUA foram capazes de parar todas as ajudas directas ao Japão.

No ano seguinte, 1954, viu o retorno rendimentos médios para níveis pré-guerra. líderes empresariais japoneses e burocratas agora focada no desenvolvimento de indústrias pesadas do país. Eles fizeram um progresso rápido em toda a década de 1950. Os padrões de vida no final da década eram 25% maiores do que eram no meio da década. Em 1958, um estudo do governo japonês concluiu que a nação tinha "completamente recuperado" da guerra.

Os anos de alto crescimento e do Plano de Ikeda

Em 1960, o primeiro-ministro Hayato Ikeda apresentou o "Plano de Ikeda." O Plano Ikeda esboçou a ambiciosa meta de dobrar a renda do país em dez anos. Ele detalhou uma série de passos concretos para alcançar esse fim: o investimento em educação e infra-estrutura, foco nas exportações, eo carinho das principais indústrias pesadas. Os economistas fora do Japão elogiou os detalhes do Plano de Ikeda, mas afirmou que nenhuma nação pode dobrar sua renda em apenas dez anos. No entanto, a meta do Plano Ikeda foi atingido em apenas sete anos.

Os anos 1960 foram uma década de forte crescimento, e os benefícios foram mais bem distribuída do que no passado. Considerando somente as cidades tinham prosperado durante os anos 1950, agora as regiões rurais estavam se beneficiando também. Os rendimentos agrícolas saltou como a população ea renda disponível aumentou. Os agricultores não só beneficiou de um rico mercado interno, mas eles também receberam importantes subsídios agrícolas do governo.

O Japão estava se movendo rapidamente de um país essencialmente agrícola para um maior parte industrial. Em 1950, metade da população estava ligada à agricultura. Em meados da década de 1980, o número deverá diminuir para dez por cento. O crescimento econômico da década de 1960 atraiu muitos japoneses rurais a abandonar a fazenda para um trabalho mais lucrativo da cidade.

1964 foi um ano de dois marcos principais. O Japão foi bem recebido na comunidade de "próspero" nações como o país foi convidado a integrar a Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento. O Japão também recebeu os Jogos Olímpicos de 1964. Em um gesto de simbolismo intencional, os líderes deram dezenove anos de idade, Yoshinori Sakai a honra de acender a chama olímpica na abertura dos Jogos de Tóquio. Sakai tivesse nascido em Hiroshima no dia da bomba atômica foi derrubada.

O período de 1966 a 1970 foi marcado por um crescimento de dois dígitos contínuo na produção econômica e de salários. Japão se tornou um grande exportador de rádios, televisores, carros e eletrônicos de consumo. A produção industrial do Japão era agora maior do que o resto da Ásia combinado.

Elevado Crescimento dá lugar ao SlowdownsJapão- o milagre japonês

Os anos setenta foram a calmaria antes da tempestade, como a economia japonesa atingiu os patins durante duas crises de energia no final da década. Houve também dificuldades à frente, que seria desencadeada por reavaliações cambiais. No entanto, o Japão era agora um dos mais importantes do mundo dos agentes económicos. Nenhuma nação jamais havia chegado tão longe no curto espaço de 35 anos.

Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra

Desde 1939, início do conflito, o Brasil assumiu uma posição neutra na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil na época era Getúlio Vargas.

Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial

Porém, esta posição de neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações brasileiras foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de seu vasto litoral.

Participação efetiva no conflito
A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25 mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB (Força Aérea Brasileira). 

As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes Apeninos, além do que os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo montanhoso. 

Vitórias

Os militares brasileiros da FEB (também conhecidos como pracinhas) conseguiram, ao lado de soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades. 

Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha de Monte Castelo (a mais difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram mortos.

Outras formas de participação

Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras formas importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente borracha, para os países das forças aliadas. 

O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos Estados Unidos.

Foi importante também a participação da marinha brasileira, que realizou o patrulhamento e a proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães.

Curiosidade:


- Durante as batalhas, que os militares brasileiros participaram na Segunda Guerra Mundial, cerca de 14 mil soldados alemães se renderam aos brasileiros.

Fascismo na Italia

Fascismo:Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo. 
Benito Mussolini
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Este sistema terminou com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial (1939-45)

Principais características e ideias do fascismo:
Totalitarismo: o sistema fascista era antidemocrático e concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade.

Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na ideia de que só o que é do país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das outras, que são consideradas inferiores.

Militarismo: altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra. Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.

Culto à força física: Nos países fascistas, desde jovens os jovens eram treinados e preparados fisicamente para uma possível guerra. O objetivo do estado fascista era preparar soldados fortes e saudáveis.

Censura: Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos. Nenhuma notícia ou ideia, contrária ao sistema, poderia ser veiculadas em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados a morte.

Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema, revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de Hitler eram constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão. Desfiles militares eram realizados para mostrar o poder bélico do governo.

Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas perseguiram, enviaram para campos de concentração e mataram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e até mesmo deficientes físicos.
Anti-socialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista. Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.

Curiosidades: 
- Embora Itália e Alemanha tenham sido os exemplos mais nítidos de funcionamento do sistema fascista, em Portugal (governo de Salazar) e Espanha (governo de Francisco Franco), neste período, características fascistas se fizeram presentes. 
- A palavra fascismo tem origem na palavra fasci que significa, em italiano, "feixe". O feixe de lenha amarrado foi um símbolo muito usado em Roma Antiga. Simbolizava a força na união, pois um galho sozinho pode ser quebrado, porém unidos tornam-se bem resistentes. Benito Mussolini resgatou este símbolo ao fundar o Partido Nacional Fascista em 1922. O símbolo deste partido era o feixe de lenha com um machado, tendo de pano de fundo as cores da bandeira italiana.
O fascismo na atualidade:
Embora tenha entrado em crise após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos da ideologia fascista ainda estão presentes em alguns grupos e partidos políticos. Na Europa, por exemplo, existem partidos políticos que defendem plataformas baseadas na xenofobia (aversão a estrangeiros)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Infância e juventude de Adolf Hitler

Infância e juventude

* Ainda menino, Hitler estudou na abadia de Lambach, cidade em que morava, e queria ser sacerdote. Lá, além de ter participado do coral dos meninos beneditinos, teve o primeiro contato com a suástica, que mais tarde passou a ser o símbolo do nazismo. O desenho teria sido trazido pelo abade Teodorich Hagen. Ele ordenou que todas as paredes, mesas e objetos de culto da abadia tivessem o símbolo esculpido.
* Durante o tempo que ficou em Lambach, Hitler teve contato com o padre Adolf Joseph Lanz. Louro e de olhos azuis, Lanz fundou o jornal Ostara, do qual Hitler era assíduo leitor. Na publicação, o padre defendia a superioridade dos arianos em relação aos povos de outras etnias.
* Aos 12 anos, Adolf Hitler, canhoto, decidiu ser pintor. Quando se inscreveu na escola de Belas Artes de Viena, ouviu que tinha mais talento para a arquitetura. Ele não foi aceito pela academia por não ter terminado os estudos secundários.
* Aos 9 anos, Hitler foi pego fumando escondido por um padre da abadia. Ele também teria tomado um porre com colegas de escola em comemoração depois de uma prova. Quando adulto, Hitler se tornou vegetariano e contrário ao consumo de álcool e cigarro.
* Hitler era fã dos romances do alemão Karl May. O autor escrevia as aventuras de Old Shatterhand. Hitler leu cerca de setenta livros sobre o herói.
* Hitler mudou de cidade várias vezes para escapar do serviço militar austríaco. Nessa época, ele ganhava a vida pintando cartazes e cartões-postais. Mas ele quis lutar pelo Exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1918, durante uma batalha contra ingleses, Hitler quase ficou cego ao ser atingido por uma bomba de gás. Em 1916, quando foi ferido pela primeira vez, ele foi condecorado com a Cruz de Ferro de Primeira Classe pelo bravo desempenho nas frentes de batalha.

Suástica

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Um símbolo carregado de uma memória triste que marcou o século XX pelas atrocidades acontecidas na Alemanha Nazista. Essa seria a primeira definição que alguém, com poucos conhecimentos históricos, ofereceria no momento que visse o célebre escudo que um dia estampou a bandeira alemã. Entretanto, poucos conhecem a trajetória da suástica, um antigo símbolo que teve os mais diferentes significados ao longo do tempo.

Alguns estudos apontam que esse mesmo símbolo, também conhecido pelo nome de “cruz gamada”, apareceu a mais de 3000 anos atrás em algumas moedas utilizadas na antiga Mesopotâmia. Além disso, diversas outras antigas civilizações – como os índios navajos e os maias – também registraram essa mesma marca em artefatos de sua cultura material. A primeira significação definida da suástica surgiu entre os praticantes do hinduísmo. 

Em sânscrito, a palavra suástica significa “aquilo que traz sorte”. Entretanto, o posicionamento dos braços que compõe o símbolo tinha significações religiosas completamente opostas. Quando seus braços estão em sentido horário (conforme observado na bandeira nazista) a suástica seria um ícone mágico capaz de chamar a atenção das divindades malévolas. Se estivesse disposta de maneira inversa, poderia atrair boas energias, bem como servir como uma referência ao deus Sol.

Em outras culturas também é possível observar usos bastante variados para essa mesma simbologia. Os chineses adotavam a suástica para representar o número 10.000; a maçonaria a utiliza como meio de representação de uma constelação próxima à estrela Ursa Maior; e os bascos representam por meio da suástica a imagem de uma dupla espiral. Ainda assim, entre tantos outros usos e significações, a mais conhecida foi difundida pela poderosa máquina de propaganda nazista.

A associação entre a suástica e o nazismo teria sido feita pelo poeta alemão Guido List, que sugeriu o uso do símbolo como síntese do orgulho nacionalista alemão e o repúdio ao povo judeu. Estudos recentes indicam que o encontro entre o nacionalismo alemão e a suástica foi possível graças às precipitadas interpretações do arqueólogo alemão Heinrich Schliemann.

No final do século XIX, esse estudioso coordenava uma pesquisa no estreito de Dardanelos, onde presumidamente haveria sido construída a cidade de Tróia. Durante algumas escavações, Heinrich encontrou vários artefatos com suásticas bastante semelhantes a outras que ele havia encontrado nas proximidades do Rio Oder, na Alemanha. A partir disso, ele presumiu que havia algum elo entre os antigos povos gregos e os teutões, que primeiramente ocuparam a Alemanha.

Entretanto, ao contrário do que possa aparentar, a suástica apareceu no mundo Ocidental antes do movimento nazista ganhar força na Europa. Os membros da Sociedade Teosófica, fundada por Madame Blavatsky, incorporou a suástica entre seus símbolos. No início do século XX, a Coca-cola distribuiu vários pingentes promocionais com a suástica. Ironicamente, os combatentes da 45ª Divisão de Infantaria Americana utilizaram uma suástica laranja durante a Primeira Guerra Mundial.

Na Alemanha, o símbolo seria primeiramente incorporado por algumas organizações nacionalistas e militares. A escolha do símbolo para o Partido Nazista foi justificada por Hitler em seu livro “Minha Luta”. De acordo com o líder nazista, a suástica teria a capacidade de representar a luta em prol do triunfo do homem ariano e o desenvolvimento da nação alemã por meio da campanha anti-semita. Com isso, a suástica viria a ganhar a sua mais reconhecida interpretação.

Na atualidade, grupos religiosos procuram combater as idéias negativas que foram vinculadas à cruz gamada por meio do nazismo alemão. Um grupo norte-americano conhecido como “Amigos da Suástica” promove a divulgação dos significados originais do símbolo e faz questão de demonstrar veementemente que são completamente contrários ao nazismo ou qualquer outra ideologia racista.

Nazismo de Adolf Hitler



Entre 1918 e 1938, o mundo viveu um período chamado “entreguerras”: vinte anos que separaram as duas grandes guerras mundiais. Com o fim da Primeira Guerra, em 1918, a Alemanha, derrotada, encontrava-se em uma profunda crise. Para sair da guerra e manter o que restou de seu exército, assinou um acordo de paz chamado “Tratado de Versalhes”. Esse tratado, além de responsabilizar a Alemanha pela Primeira Guerra, proibia o país de fabricar armas, tanques e aviões; obrigava a devolução de territórios conquistados e a redução do exército alemão, além de exigir o pagamento de uma indenização aos países vitoriosos, pelos danos de guerra. Essas imposições criaram na Alemanha um clima de revanchismo, revolta, por parte da população que estava se sentindo humilhada. No final da guerra, o regime monárquico do Kaiser (imperador) caiu, dando início à “República de Weimar”.

                                                             
Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo. Os países que baseavam suas economias no capitalismo e na exploração do trabalhador se viram ameaçados. Uma onda de movimentos antidemocráticos surgiu no cenário mundial, com o intuito de conter o crescimento do comunismo. Na Itália predominava o fascismo; em Portugal, o salazarismo; na Espanha, o franquismo; e na Alemanha, o nazismo. A palavra nazismo vem de Nazi, que é a abreviação de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que de socialista não tinha nada. Seu líder chamava-se Adolf Hitler e o partido adotou como símbolo a “suástica”, uma cruz encontrada em diversas tribos.

Hitler nasceu em 20 de abril de 1889. Em 1923, Hitler, indignado com as péssimas condições que os alemães enfrentavam, oriundas da derrota na guerra, tentou um golpe de Estado em uma cervejaria, na Alemanha. Sem sucesso, foi preso. Na prisão, escreveu um livro que se tornaria a cartilha para o nazismo: “Mein Kampf” (Minha luta). Nesse livro, Hitler defendia a hegemonia da raça ariana, alegando que a Alemanha só se reergueria quando os povos se unissem “num só povo, num só império, num só líder”. Outras etnias, como judeus e negros, deveriam ser executadas. Hitler não gostava de judeus, pois afirmava que a Primeira Guerra só fora desastrosa por conta da traição dos judeus marxistas. Além do ódio contra outras etnias, Hitler também defendia o extermínio de testemunhas de Jeová e homossexuais. E comunistas, é claro. Para executar suas ordens, foram criadas as Seções de Assalto (S.A), as Seções de Segurança (S.S.) e a Gestapo (polícia secreta).

Os alemães viam em Hitler uma salvação para a crise que o país enfrentava. Rapidamente o partido cresceu. Agricultores, jovens, soldados, em todas as classes, tornaram-se adeptos do novo partido. Com a crescente do partido, o presidente alemão Hindenburg, amedrontado, ofereceu o cargo de chanceler a Hitler, que instaurou uma política de repreensão contra seus opositores: os líderes comunistas foram presos em campos de concentração e, posteriormente, executados. Em agosto de 1934, o presidente Hindenburg morreu e Hitler assumiu o cargo máximo, sem abrir mão do seu cargo antigo. Criou o Terceiro Reich (império) e se proclamou Führer (líder, em alemão). Sua primeira medida como ditador foi a execução de milhares de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros nos campos de concentração. Esse episódio ficou conhecido como “Holocausto”.

Uma figura fundamental na difusão do nazismo foi Joseph Goebbels. Hábil orador, cineasta e agitador, Goebbels foi nomeado ministro da propaganda nazista. Além de censurar os veículos de imprensa, Goebbels fazia filmes que alienavam a população, com promessas de um mundo melhor, com a supremacia ariana. Controlava o rádio, a televisão e os jornais, divulgando seus filmes e discursos panfletários em prol do nazismo.

Em 1939, teve início a
Segunda Grande Guerra. Hitler, colérico, enviou toda a tropa alemã. Depois de inúmeras derrotas, o exército alemão tentou a última cartada: em junho de 1941 invadiu a União Soviética. Apesar das vitórias iniciais, Hitler não contava com o rigoroso inverno e suas tropas foram surpreendidas, ficando cercadas por tropas russas. Sem comida, sem água e enfrentando um frio congelante, o exército alemão foi derrotado. Hitler, cercado pelo exército vermelho, em seu bunker (esconderijo militar), suicidou-se com um tiro na cabeça.